De estudante para estudante

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Poema

O Morto

Eu estava dormindo e
me acordaram
E me encontrei, assim, num
mundo estranho e louco...
E quando eu começava a
compreendê-lo
Um pouco
Já eram horas de dormir de novo!

Mário Quintana

Uma breve consideração sobre Mário Quintana

                Apesar de Mário Quintana ser modernista podemos perceber, em seus poemas, que algumas características do período do romantismo se faz presente, como no poema acima “O Morto”, pelo seu próprio título.
               É interessante como o poeta utiliza de uma linguagem simples, mas, conceitualmente, tão complexa. Esse poema em essência nos coloca a questionar a vida. Não é de se estranhar o motivo de ele não ser facilmente explicado.
                Um poema é feito para senti-lo. Pensar.



Por Daiany Santana

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vamp, Dilma, as eleições e o polvo Paul

Depois de muito bate boca, brigas, confusões, Erenices, Paulos Pretos, bolinhas de papel, chegou à hora de você, cidadão, decidir o futuro do nosso país. De um lado Dilma, 62 anos, terrorista da ditadura militar, do outro Vamp, digo, Serra, 68 anos, com sua biografia e os genéricos.
A decisão é difícil. Tanto que o polvo Paul decidiu que seria melhor dar um tempo para que os candidatos pudessem brigar um pouco mais. Assim foi decidido, no final do primeiro turno no dia 3 de outubro, que o segundo round ficaria para o dia 31 de outubro. Isso mesmo, no dia das bruxas.
Detalhes a parte, e problemas também, o eleitorado consciente já esta cansado de ver, são histórias que se repetem. A verdade é que desde as eleições de 1989 não se via uma disputa tão decadente regada de medos, dogmas e tradições, consideradas por este século um retrocesso a um país laico.
O povo na época de Collor, cansado de Sarney e da corrupção de seu governo, acreditou em uma rede de mentiras pregadas pela oposição, onde se mostrava o futuro presidente como o “caçador de marajás” – funcionários que tinham salários absurdamente altos. Mas, ao contrário da oposição de hoje, com a mesma técnica e manipulação esdrúxula, o resultado não seria o mesmo.
Considerando as pesquisas, – IBOPE, CNT/Sensus, Datafolha – apesar de possuírem diferenças mínimas, Dilma seria a escolhida nas urnas. Claro que avaliando o dia, acredito até, que nada seria mais propício a este momento do que ver Vamp fazer o “V” da vitória. Entretanto, depois das apurações, Dilma, a “papa-criancinhas”, de acordo com Vamp fêmea, foi eleita sucessora do amigo íntimo de Paul, Lula.
A Falha de SP, porém, ao invés de noticiar a ganhadora estampou na capa do dia primeiro de novembro denúncias de uma suposta conspiração feita pelos petistas após o falecimento do ícone do partido, o polvo Paul, que haveria culminado na vitória de Dilma. Infelizmente, para Serra, a voz da urna representa o clamor do povo e para ele só resta-lhe chorar suas mágoas no dia dos finados.
No fim dessa história apenas uma coisa é certa, até chegar o dia primeiro de janeiro de 2011, tudo de ruim que for propagado pela imprensa será considerado intriga da oposição. O negócio agora é pagar para ver.

Por Daiany Santana

O que a imprensa não fala

Em época de eleição, manchete boa é aquela que sutilmente posiciona-se a favor de um candidato, ao qual o veículo de comunicação apóia.
A exemplo disso podemos observar as diferentes maneiras de transmissões dessas notícias em relação ao meio de comunicação. Pegaremos para compreensão o jornal O Estado de SP e a revista Carta Capital.
O direcionamento que o jornalista leva a pauta nestes veículos são tão antagônicos e evidentes que até mesmo antes do Estadão oficializar seu apoio ao candidato José Serra, qualquer ser pensante já sabia seu posicionamento, isto porque as matérias que deveriam ser sutilmente “manipuladas” estavam mais evidentes do que deveriam.
O caso da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi tão noticiado pelo Estadão que era difícil encontrar quem não discutisse sobre isso em roda de amigos. Caso oposto é do novo escândalo do sumiço dos quatro milhões de reais do caixa dois da campanha do tucano, que caiu nas mãos de Paulo Preto e que, claro, a Carta Capital, como boa oposicionista do jornal tucano, irá bater com duras críticas até José Serra cansar.
A verdade é que imparcialidade e isenção estão mais para fantasia do que para realidade, já que desde a escolha de um título, até a mais ínfima fala de um entrevistado é colocado de forma que priorize aquilo que o veículo, nas entrelinhas, quer realmente falar.


Por Daiany Santana