De estudante para estudante

sábado, 4 de dezembro de 2010

Gostosuras, Votos ou Travessuras?

O dia em que as bruxas estavam soltas na corrida presidencial


                  A tradição dos Dias das Bruxas já muito conhecida nos Estados Unidos foi trazida para o Brasil através da grande influência da cultura americana e pelos cursos de língua inglesa. Ela sugere que as pessoas se fantasiem de monstros e sairam nas ruas para pedir doces.
                 O evento ocorre no dia 31 de outubro e por coincidência (ou não), foi a data em que ocorreram as eleições do segundo turno para a Presidência da Republica Brasileira.
                 E não é que as bruxas realmente estavam soltas por aqui? Enquanto as crianças estavam preocupadas com as fantasias que deveriam utilizar, seus pais estavam preocupados em quem votar.
                 As pesquisas já não eram tão confiáveis, isso foi provado no primeiro turno onde indicava que a candidata do PT, Dilma Rousseff ganharia sem precisar disputar o segundo turno com o candidato José Serra do PSDB. Contudo a realidade foi outra, houve sim a necessidade de uma nova disputa entre os candidatos já citados, mas a grande surpresa foi a candidata Marina Silva, do PV que, com humildade, conseguiu quase 20% de votos validos deixando a concorrência de boca aberta.
                 À partir disso, tanto o candidato Serra quanto a candidata indicada de Lula começaram a se apresentar dignos do apoio e dos votos tão desejados da candidata verde. Porém, Marina decidiu manter sua neutralidade e não declarou apoio a nenhum dos dois candidatos à Presidência.
                 A corrida pelos 19,6 milhões de votos havia começado. Em meio de tantas propagandas hostis e pesquisas duvidosas os candidatos do segundo turno se mostravam confiantes enquanto os eleitores se mostravam receosos. O país ficou dividido entre pessoas que tinham certeza e aqueles que esperaram até o ultimo minuto para sua decisão.
                Assim, no Dia das Bruxas ‘Brasiliano’ os candidatos estavam se comportando de forma semelhante aos vampiros e com uma frase peculiar na ponta da língua: ‘Votos ou Travessuras?’


Postado por : Fernanda Pedrone

PUBLICIDADE DE MASSA PARA CRIANÇAS


A utilização de pesadas propagandas para o consumo infantil de brinquedos nesse Natal.




      Estamos no final do ano, e tudo o que pensamos é nas tão desejadas férias de dezembro.

      É tempo para se fazer viagens, para descansar e para as tumultuadas compras de Natal, data na qual, muitos comemoram com festas e presentes trocados.

      É à partir da idéia de venda e compra de presentes que as empresas de brinquedos infantis tiram aproveito dessa ocasião para colocar na televisão mais propagandas destinadas à crianças, fazendo com elas entrem cada vez mais no consumismo.
       O requisito ‘publicidade’ passa então, a ser uma prioridade para uma boa venda, com a missão de ludibriar as crianças. As propagandas vem em versões fáceis de entendimento com recursos técnicos para que os brinquedos pareçam ter vida e, em um intervalo de tempo mínimo. A repetição de um determinado produto infantil na mídia passa à ser, muitas vezes, cansativo.
       No período da manhã, onde se encontra a maioria dos programas infantis, o comercial entre um bloco e outro, é em sua maioria, destinada para crianças de 0 à 10 anos, tanto para o sexo feminino quanto para o masculino. Nelas são mostrados brinquedos dos quais, realmente, parecem ganhar vida própria graças aos efeitos usados pelos computadores. Propagandas como a da boneca Barbie, Ben10, Max Steel, Hot Wheels e outras bonecas.
       Numa conversa com a pequena Mariana Cordeiro de apenas, quatro anos de idade, é fácil perceber a grande influência exercida das propagandas sobre ela.
        Mariana conta que esse ano, ela quer ganhar de Natal uma boneca, mas não qualquer boneca. Ela explica: “É uma boneca especial, porque ela vem de um filme. Ela tem um colar que pisca e um vestido que muda de cor. É linda! Ainda por cima tem um Castelo de Diamante. A menina que brinca com ela no comercial está feliz, e quando eu tiver ela, também ficarei feliz. Não é, mãe?”
        A boneca citada por  Mariana é a famosa Barbie. Sua propaganda mostra duas meninas brincando alegremente com ela e descrevendo tudo o que a boneca pode fazer, incluindo um pingente no colar que pisca e um vestido que consegue se desdobrar e mudar de cor. Ao fundo à uma canção doce. Ao final da propaganda aparece a Barbie e sua amiga andando sozinhas em um tipo de carruagem.
         A mãe de Mariana, Carla Cordeiro, diz que sua filha já não saia da frente da televisão por causa dos desenhos, e que agora, não sai nem mesmo nas propagandas, por causa das dezenas de brinquedos que estão em lançamento, deixando-a fascinada.
        “Cada dia ela pede algo diferente. Ontem foi um cachorro que falava, hoje é essa boneca, amanhã deve ser algo como um robô que me substitua como mãe.” Brinca Carla.
         A psicóloga Marta Vasconcellos explica que para as crianças tudo o que acontece nas propagandas é muito real. Então se um brinquedo consegue dançar, lutar, falar, pular sozinho na TV, para elas, esses mesmos brinquedos irão conseguir fazer essas coisas em casa.
         “Não é fácil para uma criança como a Isabela, por exemplo, que tem somente quatro anos de idade, diferenciar recursos técnicos projetados por computadores de uma realidade, onde na verdade o brinquedo é apenas um plástico duro que apenas irá fazer aquilo que você fazer com ele.” Explica Marta.
          Não são apenas os pais de Mariana que passam por isso. Na casa da costureira Fabiana de Oliveira a mesma situação acontece.
         Felipe tem 6 anos de idade, e à cada hora ele pede algo diferente para a mãe. “Tudo o que ele vê na Televisão, ele me pede. Sabe que eu não vou comprar, mas mesmo assim pede. É tal de ‘mãe me dá isso, mãe me dá aquilo’ que eu já nem agüento mais.” desabafa Fernanda.
         Para ela ter de dizer não ao filho traz tristeza, mas ela sabe que muitas vezes Felipe só pede mesmo por pedir, e que não tem um interesse de verdade naquilo.
          “Eu sei que é assim, porque uma vez comprei pra ele um boneco que aparecia na televisão lutando e escalando em pedras. Ele chorava pelo brinquedo, cansada de ouvir as lamentações dele, fui na loja e comprei. Passou dois dias. No terceiro dia o brinquedo já estava de lado quebrado enquanto ele estava brincando com um graveto de arvore. Perguntei pra ele o que havia acontecido e ele me disse que foi fazer como o menino da propaganda e acabou quebrando o brinquedo e que não o queria mais, pois ele era muito duro e sem graça. Fiquei muito brava aquele dia, mas aprendi a lição.”
          Ao chegar da escola, Felipe faz o seguinte trajeto: Diz “oi”, joga a bolsa e os sapatos no quarto, liga a televisão e diz à mãe que está com fome. A mãe o manda para o banho e Felipe responde: “Mãe, vai começar meu programa agora. Vou comer, assistir meu programa e depois eu vou pro banho.”
          Enquanto estava no intervalo, passou uma propaganda da qual chamou a atenção de Felipe. Tratava-se de um brinquedo do personagem ‘Ben10’. Um relógio que fazia formatos de monstros com uma luz verde. Foi então que Felipe começou: “Mãe, me dá esse? Prometo que não vou estragar! Imagina eu chegando e mostrando isso para os meus amigos? Compra mãe?”
          Foi perguntado para Felipe o que aquele brinquedo tinha de especial, e ele disse que, o brinquedo parecia mágico com aquelas luzes em formato de monstros.
          Não havia passado um minuto direito e a propaganda que deixara Felipe tão encantado voltou à aparecer. Nesse momento toda sua euforia e os pedidos de ‘Compra mãe’ retornaram.
          A psicóloga Marta explica que esse tipo de reação é a esperada quando se é colocada na mídia várias vezes a mesma propaganda com tão pouco intervalo de tempo. “Isso deixa, tanto a criança, quanto a mãe, em estado de loucura. A criança porque, fica ainda mais encantada com o brinquedo o querendo e o pedindo de toda maneira. E a mãe porque já não agüenta mais ter que ouvir os pedidos absurdos do filho e ter que responder não.”
          É nesse clima de ‘compra mãe’ que seguimos até o Natal. Provavelmente a criança irá ganhar outro brinquedo e esquecer aquele por qual tanto chorava ou terá a ‘sorte’ de ter aquilo que pediu por tantos e tantos dias.
          O importante é não perder o clima natalino, saber o do porque comemoramos essa data e o que importa de fato. Até mesmo porque, depois do Natal, os pedidos de ‘compra mãe’ recomeçam no ano novo e se estendem no Carnaval, na Páscoa, no aniversário e em tantas outras datas singelas que acabam ganhando uma ‘pitadinha’ da mídia para o chamado consumismo.



Postado por: Fernanda Pedrone

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O descobrimento dos Escritores maringaenses


Poucos sabem, mas eles existem, Maringá possui bons escritores que se dedicam a essa carreira, e apesar de ser difícil eles se empenham cada vez mais.

Por: Maira Marques


     Hoje em dia encontramos vários livros de sucesso, como a Saga Crepúsculo, Harry Potter, O Caçador de Pipas, etc. que posteriormente tornaram-se em filmes, que estão espalhados pelo mundo. Mas, o que poucos sabem é que há escritores na cidade onde moram, só que esses não são tão reconhecidos quanto os outros.
     Na cidade de Maringá não é diferente. André Simões, 25, trabalha como repórter de O Diário Maringá, e é formado em jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) desde o ano de 2006. Em 2009 concluiu o curso de Mestrado em Estudos Literários também pela UEL e neste ano lançou o livro "A arte de tomar um café" .
     "Moro em Maringá há poucos meses, não sei se posso ser considerado um escritor maringaense" brinca André, e continua "
Desde novo, eu decidi que faria vestibular pra jornalismo, principalmente por causa da leitura de crônistas e articulistas de que gosto muito, a maior parte deles da Folha de S. Paulo: Carlos Heitor Cony, Clóvis Rossi, Marcelo Coelho, etc. Eu gostava muito de literatura também, mas o curso de Letras tem aquela imagem quadradona, achei que jornalismo seria mais charmoso".
     Em seu trabalho de Conclusão de Curso (TCC) fez um trabalho sobre crônicas - um gênero misto de literatura e jornalismo, e depois encaminhou seu mestrado também.
     O livro "A arte de tomar um café" foi lançado com o patrocínio da Prefeitura de Londrina, a obra é uma coletânea de textos que ele escreveu em seu blog entre os anos de 2006 a 2009. "Alguns de meus professores me incentivaram bastante - Osmani Costa, Karen Debértolis - além do jornalista Paulo Briguet e de amigos que sempre me apoiaram" diz André. Ele também fala que lançar o livro em Maringá foi fácil, que bastou contar com o apoio da livraria do Maringá Park e do Diário, "O difícil foi editar o livro, arranjar grana e editora interessada ".

     E André completa que "em Maringá não tem uma tradição de produção literária forte, mas há um novo movimento bacana aqui, gente que está reunida e producente, acho isso importante. Aquela iniciativa dos "Contos Maringaenses" foi bem legal, cria um fato coletivo, mais fácil de divulgar na imprensa e de atrair interessados em consumir literatura. Reconhecer escritores é algo raro em qualquer lugar do Brasil, quanto menor a cidade mais difícil. Simples assim!"
     Thiago Henrique Ramari, 24, assim como André simões é repórter, e já trabalhou no O Diário, nos cadernos Cidades e D+, e em abril deste ano começou a trabalhar no Grupo Rede Paranaense de Comunicação (GRPCOM) como repórter da Gazeta Maringá, que antigamente era Jornal de Maringá (JM) e da Gazeta do Povo.
     "Não tive incentivo quando comecei a escrever. No começo foi tudo muito difícil. Minha família queria que eu fizesse o curso de Engenharia Química. No entanto, teimoso que sou, insisti no Jornalismo, que era o meu sonho. Com o tempo, meus pais se acostumaram com a ideia, pois perceberam que o campo de trabalho não é tão inacessível como pareceu em um primeiro momento. A mudança foi tamanha que, em 2006, no meu penúltimo ano da graduação, eles me deram todo o apoio durante a produção do meu TCC, que foi um livro-reportagem sobre o Caso Barão, de Maringá. No curso, ao contrário, os professores me deram suporte completo desde o início", explica Thiago.
     Thiago Ramari concluiu seu livro-reportagem no final de 2007, o título é "O Arquiteto - Revelações sobre os assassinatos dos irmãos Barão". Thiago completa "Embora nunca tenha sido lançado, o trabalho me garantiu um prêmio estadual importante: o 2º lugar da categoria Melhor Livro-reportagem na 13ª edição do Prêmio Sangue Novo, em Curitiba. O livro conta como os irmãos José Barão Netto e Odete Barão Duarte foram mortos a mando do marido desta última, Ayrton Xenofonte Duarte. A história chocou a sociedade maringaense nos anos 1980. Ainda pretendo lançá-lo", diz Thiago.
     Thiago Ramari "Não acho que a população maringaense dê valor aos escritores da cidade, mas gosta, e muito, das histórias da cidade. Senti isso com o meu TCC. Ainda hoje, após três anos que passei pela banca de defesa da graduação, pessoas me reconhecem e perguntam quando vou lançar o livro. No fim de 2007 era algo que acontecia muito frequentemente, porque fui entrevistado em emissoras de televisão e rádio, além de jornais impressos". E ele explica "o motivo de tanto alvoroço não era eu, o recém-formado Thiago Ramari, mas, sim, o Caso Barão, que vive no inconsciente popular. Todo mundo relembrou a história com o meu trabalho. Foi algo bonito de se ver".
     Thiago Ramari fala que futuramente quer investir na área dos livros-reportagens, "Inclusive, tenho algumas ideias, alguns casos que gostaria de investigar, para transformar em livros". Thiago termina explicando que esses projetos demandam tempo e muitadedicação, e que devem ser pensados a longo prazo. " Em relação à temática, o meu maior interesse é a esfera policial – na qual o Caso Barão se encaixa. E, para tanto, tomo como maior referencial a obra "A Sangue Frio", do norte-americano Truman Capote".
     Roberth Frabris, 25, Membro da Cadeira Alvares de Azevedo Maringá (ALM), é autor dos livros "Xeque Mate", e "Noites". Os escritores maringaenses são ótimos, pois valorizam a Cidade Canção. Roberth explica "existem muitos amigos que valorizam as letras, mas infelizmente Maringá ainda não reconhece o verdadeiro valor dos seus e não percebe que existe uma coletânea de ouro espalhado por toda a cidade, e cada poeta, contista ou cronista está ali perto para o povo sentir e descobrir os olhos vibrantes e inteligentes de quem respira arte e transforma o seu tempo e espaço".
     Poucos sabem, mas o escritor do livro 1808, Laurentino Gomes nasceu em Maringá em 1956. Ele é um jornalista e escritor brasileiro. Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, possui pós-graduação em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo e fez cursos no exterior. Ele também já trabalhou em vários órgãos de comunicação no Brasil.
     O livro narra a chegada da corte portuguesa ao Brasil. No ano de 2008, a obra recebeu o prêmio de melhor livro de ensaio da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria de livro-reportagem e de livro não-ficção.
     E neste ano ele lançou em Santos, sua nova obra, 1822.
     Para quem gosta de ler, e se interessou pelas obras dos escritores maringaenses, e não tiverem condições financeiras de comprar, esses podem ser encontrados em Biblíotecas Municipais, onde para fazer o empréstimo é preciso apenas fazer uma carterinha e assim usufruir uma boa leitura por um período de sete a dez dias, depois é só devolver.

Chapeuzinho Vermelho e o Tucano malvado

     Era uma vez uma jovem que gostava de ajudar a todos e por ela usar sempre uma capa vermelha que havia uma toca com formato de estrela, as pessoas gostavam de chamá-la de Chapeuzinho Vermelho. Um certo dia Chapeuzinho decidiu levar doces e guloseimas para seu vovô, Luis Inácio, que era Rei da cidade Brasil, poiss ele iria viajar com Marisa, sua esposa, após a aposentadoria que estava por vir em alguns dias.
Porém, no caminho Chapeuzinho Vermelho decidiu cortar caminho pela floresta. E quando caminhava pela floresta, observou um tucano parado em uma árvore a observando como se quisesse atacá-la. Chapeuzinho ficou assustada, e começou a andar mais rápido, e o Tucano começou a seuí-la. Foi quando ela virou para ele e perguntou:
     - Meu querido Tucano, por que estas a me seguir?
O Tucano bravo respondeu sem pensar:
     - Não confio em você. E eu sei sobre o seu passado.
     Chapeuzinho Vermelho tirou sua toca e fixou o olhar no Tucano e respondeu com toda sua raiva:
     - Você não sabe nada sobre mim seu animal estúpido. Volte pro lugar de onde você veio.
     O Tucano, muito estressado começou a falar tudo que ele achava que Chapeuzinho Vermelho merecia ouvir.
     - Você se faz de vítima sua Bruxa, você acha que eu não seu sobre seus planos, de esperar seu avô se aposentar para poder usufluir do lugar dele, e poder mandar em tudo que quiser. Sua tolinha! Todos saberão sobre o seu passado, assim como eu.
     Chapeuzinho, não gostava de falar sobre seu passado com ninguém e para ninguém. Pois ela era muito boa com quem precisava de ajuda, e estava a seu favor, mas já teve um passado muito obscuro, maltratou e matou pessoas. E isso faz com que ela se arrependa plenamente das atitudes tomada por ela na época. Mas ela queria mudar e então cacarejou para o Tucano.
     - Você Tucano, está com inveja de que eu tenho alguém que está me apoiando, meu querido avô, e você jamais terá o poder e o brilho de uma estrela assim como eu. Você está se fazendo de santinho, mas coisa ruim já deve ter feito!
     - Estrela? Tá se achando né. Teu passado te condena sua Bruxa, sua máscara ainda vai cair! Você terá um concorrente a altura. EU.
Impressionada com a reação do Tucano, Chapeuzinho Vermelho pegou um bolinho de sua cesta e arremessou na cabeça do Tucano, e todos os animais em volta deles zombaram muito da cena que acabaram de ver. Porém Chapeuzinho Vermelho não se deu conta de que havia machucado o Tucano.
     E no dia 31 de outubro saiu a notícia de que Luis Inácio estava se aposentando e iria deixar seu reino para sua neta Chapeuzinho vermelho. E o Tucano por sua vez resmungou como sempre: - Tá certo mesmo, no Halloween elegerem uma Bruxa! Não foi dessa vez que consegui, porém tenho quatro anos para poder me aperfeiçoar e tentar novamente.
     E como todo conto de fada, o bem sempre vence, mas nesse caso será que realmente foi a escolha certa? É, isso só o tempo para dizer. E Chapeuzinho Vermelho viveu feliz para sempre ou por mais quatro anos.


Por: Maira Marques

O estresse entre vestibulandos

A grande quantidade de horas destinadas aos estudos, entre outros motivos, levam estudantes a grande níveis de estresse

      A escolha de uma profissão juntamente com a entrada em uma universidade são momentos decisivos na vida de todo jovem. Escolher uma carreira entre tantas possibilidades não é fácil. O vestibular, que é um importante passo, aliado a jornada que precede os exames pode ser mais que cansativo. Muitas horas de estudos e a obrigatoriedade de sucesso, imposta pela família e também pelos próprios estudantes, podem causar o estresse pré-vestibular.
       A concorrência nos vestibulares cresce a cada ano enquanto que a oferta de vagas, principalmente na rede pública, avança em ritmo menor. Foi o que constatou o último Censo da Educação Superior do Brasil realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Em 1999, foram 1.786.827 milhões de estudantes disputando 2.670.736 milhões de vagas em faculdades e universidades por todo o País - 306.019 mil de instituições públicas e 2.364.717 milhões em privadas. No mesmo ano, no Estado do Paraná, foram mais 193 mil candidatos concorrendo a pouco mais de 26 mil vagas em instituições públicas de ensino superior. Somente a Universidade Estadual de Maringá (UEM) teve mais de 18 mil inscritos no vestibular de verão 2011.
       O Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), fez um levantamento com 1.046 vestibulandos e verificou que 56,3% apresentaram sintomas de ansiedade, considerado os níveis de intensidade leve, moderado e grave. Ainda de acordo com o estudo o nervosismo, medo de que aconteça o pior, incapacidade de relaxar, sensação de calor e indigestão são os sintomas mais frequentes entre os jovens. A maior queixa entre eles é a forte cobrança por partes dos familiares, na maioria da vezes feita pelos próprios pais, situação que segundo os especialistas causa ainda mais ansiedade atrapalhando o bom desempenho dos alunos.
       De acordo com o psicólogo Paulo O. Dias os vestibulandos enfrentam um período de alto índice de estresse, pois geralmente, dedicam no ano dos exames mais horas aos estudos e deixam de sair com amigos e a prática de atividades físicas. "É importante manter o corpo relaxado, ter uma mente tranquila e equilibrada são essenciais para um bom desempenho na hora das provas. O excesso de estresse atrapalha na memorização de conteúdos", diz.
      Para conseguirem conquistar uma vaga muitos estudantes investem pesado nso estudos, principalmente aqueles que vão prestar cursos onde a concorrência é muito grande, como Patricia S. Zuim, 17, que ira prestar Medicina no próximo vestibular da UEM. Ela relata que frequenta as aulas do ensino médio durante o dia e a noite as do cursinho pré-vestibular. "Vou as aulas todos os dias, dificilmente falto pois um dia que não vou à aula significa matéria perdida", afirma. A estudante ainda conta que seus irmãos mais novos reclamam que ela anda muito estressada e acredita ser devido a grande carga horária de aulas, porém apesar de estar muita cansada, encontra tempo para sair e procura se divertir nos finais de samana, principalmente aos domingos único dia da folga aos estudos.
      Patricia se enquadra em uma pesquisa realizada com 150 alunos de cursos pré-vestibulares pelo Departamento de Psicologia da Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) que apontou  que estudantes do sexo feminino apresentam maiores níveis de estresse que estudantes do sexo oposto. A pesquisa aponta também maior estresse entre os vestibulares para o curso de Medicina.
        Natália Martinelli, que tenta uma vaga em Enfermagem na UEM, diz que com a chegada das provas além da grande vontade que tem comer chocolates, fica extremamente irritada: "No último vestibular cheguei a terminar com meu namorado por bobagem, eu estava nersova por causa das provas e acabei descontando nele" e continua " ainda bem que ele me entendeu e depois voltamos com o namoro", brinca. Marcos G. Sanches, 18, que pretende prestar seu segundo vestibular para Educação Física, fala que ao contrário da Natália, ao ficar ansioso com a chegada das provas não consegue se alimentar bem e acaba passando os dias das provas sem comer quase nada. "Sinto muita náuse, já cheguei a vomitar várias vezes quando tentava comer alguma coisa.", além disso o estudante afirma que chega a perder peso durante as provas: "É comum eu emagrecer alguns quilos por causa do vestibular, minha mãe fica muita preocupada com isso", explica.
       Problemas como o de Marcos são comuns afirma o gastroenterologista João Eisign e pode ocorrer dos vestibulandos além de náuseas terem dores de estômago e diarréia. " A tensão e estresse faz aumentar a sensibilidade de vários órgãos como o do estômago fazendo com que o organismo reaja de variadas formas", explica.
       O professor de cursinho, há vários anos, Osmar Perosso, 47, diz que consegue percerber que grande parte de seus alunos encontram-se estressados, ainda mais agora com o final do ano e a chegada dos vestibulares em várias instituições. Ele fala que a melhor forma de evitar os problemas causados pela provas é manter um ritmo de estudo adequado ao seu perfil: "Não adianta querer estudar mais do que esta acostumado, o excesso de horas na frente dos livros pode acabar sendo inútil". Outra dica do professor é sobre a importância de uma boa noite de sono, pois cansado nenhum estudante consegue se concentrar. "Também acho fundamental as horas para relaxar, sair com os amigos, ver um filme, praticar esportes são ótimas formas de aliviar um pouco da tesão principalmente nos dias que antecedem as provas", afirma.

Por Fábio Carlucci de Oliveira







quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Ensino Médio em pauta

Os desafios de manter os alunos dentro da sala de aula

Por Daiany Santana


Para conter a evasão dentro do Ensino Médio, garantir a permanência dos alunos e tornar a grade curricular mais atrativa, de forma que a aprendizagem faça sentido, o Ministério da Educação (MEC) apresentou um projeto chamado “Ensino Médio Inovador” para o Conselho Nacional de Educação (CNE) em maio de 2009.
Uma das propostas desse projeto é fazer com que os alunos tenham no mínimo 20% de disciplinas optativas dentro do currículo. Como a responsabilidade do Ensino Médio é das redes estaduais de ensino, o MEC só pode agir como incentivador desta mudança. Dessa maneira cada rede irá definir e adaptar, conforme sua necessidade e realidade, o conteúdo a ser aplicado.
O MEC ainda propõe mudar a carga horária dentro das escolas de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e dividir as disciplinas, que tradicionalmente eram 12, para eixos mais amplos assim como no Parâmetro Curricular Nacional (PCN) onde as matérias são divididas em três, Linguagens, códigos e suas tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias e Ciências Humanas e suas tecnologias, como acontece no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
300 mil estudantes pelo Brasil afora estão participando do teste sobre esse “Ensino Médio Inovador”. Como em universidades as escolas abrem espaço para disciplinas optativas e projetos de pesquisa. No Rio Grande do Norte 7.530 estudantes escolhem entre 10 mini-cursos de 20 a 60 horas semestrais.
Garantir a permanência na escola é um dos principais objetivos do Brasil até porque, hoje o País tem a maior taxa de evasão escolar do MERCOSUL (bloco econômico formado pelos países sul-americanos: Argentina; Chile; Paraguai; Uruguai e Venezuela). Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 10% dos brasileiros abandonam o Ensino Médio, ou seja, um em cada dez alunos. O dado anterior era pior, 13,2%. Para se ter uma idéia a taxa de evasão escolar mais alta entre esses países depois do Brasil é o da Argentina com 7%. A taxa mais baixa, por sua vez, é o da Venezuela com 1%.
Mesmo com a melhora o Ensino Médio ainda é considerado o gargalo da Educação Brasileira. Em 2009 apenas 40,9% dos jovens economicamente ativos com idade entre 18 e 24 anos completou 11 anos de estudo, informou o IBGE.
No Bloco do MERCOSUL, por exemplo, a taxa de aprovação brasileira é de 77% enquanto o melhor percentual é da Venezuela com 91,9%. Entre as causas que levam a evasão escolar repetência é uma das principais delas. Outra causa é o desinteresse pelo estudo. Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) comprovou que 40% dos jovens entre 15 e 17 anos deixam a escola porque a considera desinteressante.
O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sergei Suarez Dillon Soares mostrou ainda que a repetência, além de trazer consequências como a evasão, também prejudica o rendimento escolar devido ao desgaste emocional, sem contar que o custo financeiro educacional aumenta cerca de 50%, pelo menos.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional explica que o Ensino Médio tem a finalidade, além de outros pontos, de assegurar ao aluno a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico (Art. 35, seção IV, inciso III).
A reforma curricular veio para sanar problemas na educação, alguns dos quais apresentados aqui, e organizar o Ensino Médio de forma que o objetivo imposto pela LDB seja alcançado. Aprender a conhecer, a fazer, a viver e a ser são as quatro premissas estruturais da educação “apontadas pela (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) UNESCO como eixos estruturais da educação na sociedade contemporânea”, conforme é apresentado no PCN.
Ainda segundo o PCN incorporar as quatro premissas significa torna possível a máxima educacional tornando o ser humano capaz de realizar as atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva.
Levando em conta todos esses aspectos a volta da obrigatoriedade das disciplinas de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio significam um grande começo para a mudança no ensino porque, com o ensino dessas duas disciplinas, educação, cidadania e política voltam a caminhar juntas.
Entretanto quem sai ganhando nessa história não é só o ensino ou os alunos do Ensino Médio, mas também os alunos que estão se formando nessas áreas ou os que já se formaram. Para eles a volta da obrigatoriedade das disciplinas abre mais espaço para a docência, isso porque a demanda de aulas irá aumentar significativamente e agora as instituições e o governo terão que abrir mais vagas para distribuição dessas aulas.
O graduando de Filosofia, Donizeti Pugin, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), campus de Maringá, considera que além de a obrigatoriedade ser uma oportunidade para seu futuro profissional a disciplina poderá abrir uma possibilidade de “confrontação com a realidade, produzindo um pensamento reflexivo” nos alunos do Ensino Médio.
Aos olhos do professor de Sociologia, Josimar Priori, a importância da disciplina que leciona, assim como a de Filosofia, não se restringe apenas ao âmbito educacional. Para o Professor a reinserção delas “representa um grande avanço para a formação de sujeitos críticos e atuantes na construção de relações sociais democratizadas”. Além do mais o ensino de Sociologia “é capaz de oferecer referencias e códigos de ética capazes de formar outra ética social”.
O professor garante que “ainda que os efeitos da formação sociológica não sejam notados imediatamente, ao longo da vida ele será sentido pelos jovens”.
São pequenas mudanças que fazem com que haja progresso. Claro que para mudanças como essas acontecerem requer trabalho, esforço e, principalmente, verba. Para isso o Estado do Paraná conta com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) que estima disponibilizar mais de 42 milhões para a Educação só na cidade de Maringá no ano de 2010.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Poema

O Morto

Eu estava dormindo e
me acordaram
E me encontrei, assim, num
mundo estranho e louco...
E quando eu começava a
compreendê-lo
Um pouco
Já eram horas de dormir de novo!

Mário Quintana

Uma breve consideração sobre Mário Quintana

                Apesar de Mário Quintana ser modernista podemos perceber, em seus poemas, que algumas características do período do romantismo se faz presente, como no poema acima “O Morto”, pelo seu próprio título.
               É interessante como o poeta utiliza de uma linguagem simples, mas, conceitualmente, tão complexa. Esse poema em essência nos coloca a questionar a vida. Não é de se estranhar o motivo de ele não ser facilmente explicado.
                Um poema é feito para senti-lo. Pensar.



Por Daiany Santana

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vamp, Dilma, as eleições e o polvo Paul

Depois de muito bate boca, brigas, confusões, Erenices, Paulos Pretos, bolinhas de papel, chegou à hora de você, cidadão, decidir o futuro do nosso país. De um lado Dilma, 62 anos, terrorista da ditadura militar, do outro Vamp, digo, Serra, 68 anos, com sua biografia e os genéricos.
A decisão é difícil. Tanto que o polvo Paul decidiu que seria melhor dar um tempo para que os candidatos pudessem brigar um pouco mais. Assim foi decidido, no final do primeiro turno no dia 3 de outubro, que o segundo round ficaria para o dia 31 de outubro. Isso mesmo, no dia das bruxas.
Detalhes a parte, e problemas também, o eleitorado consciente já esta cansado de ver, são histórias que se repetem. A verdade é que desde as eleições de 1989 não se via uma disputa tão decadente regada de medos, dogmas e tradições, consideradas por este século um retrocesso a um país laico.
O povo na época de Collor, cansado de Sarney e da corrupção de seu governo, acreditou em uma rede de mentiras pregadas pela oposição, onde se mostrava o futuro presidente como o “caçador de marajás” – funcionários que tinham salários absurdamente altos. Mas, ao contrário da oposição de hoje, com a mesma técnica e manipulação esdrúxula, o resultado não seria o mesmo.
Considerando as pesquisas, – IBOPE, CNT/Sensus, Datafolha – apesar de possuírem diferenças mínimas, Dilma seria a escolhida nas urnas. Claro que avaliando o dia, acredito até, que nada seria mais propício a este momento do que ver Vamp fazer o “V” da vitória. Entretanto, depois das apurações, Dilma, a “papa-criancinhas”, de acordo com Vamp fêmea, foi eleita sucessora do amigo íntimo de Paul, Lula.
A Falha de SP, porém, ao invés de noticiar a ganhadora estampou na capa do dia primeiro de novembro denúncias de uma suposta conspiração feita pelos petistas após o falecimento do ícone do partido, o polvo Paul, que haveria culminado na vitória de Dilma. Infelizmente, para Serra, a voz da urna representa o clamor do povo e para ele só resta-lhe chorar suas mágoas no dia dos finados.
No fim dessa história apenas uma coisa é certa, até chegar o dia primeiro de janeiro de 2011, tudo de ruim que for propagado pela imprensa será considerado intriga da oposição. O negócio agora é pagar para ver.

Por Daiany Santana

O que a imprensa não fala

Em época de eleição, manchete boa é aquela que sutilmente posiciona-se a favor de um candidato, ao qual o veículo de comunicação apóia.
A exemplo disso podemos observar as diferentes maneiras de transmissões dessas notícias em relação ao meio de comunicação. Pegaremos para compreensão o jornal O Estado de SP e a revista Carta Capital.
O direcionamento que o jornalista leva a pauta nestes veículos são tão antagônicos e evidentes que até mesmo antes do Estadão oficializar seu apoio ao candidato José Serra, qualquer ser pensante já sabia seu posicionamento, isto porque as matérias que deveriam ser sutilmente “manipuladas” estavam mais evidentes do que deveriam.
O caso da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi tão noticiado pelo Estadão que era difícil encontrar quem não discutisse sobre isso em roda de amigos. Caso oposto é do novo escândalo do sumiço dos quatro milhões de reais do caixa dois da campanha do tucano, que caiu nas mãos de Paulo Preto e que, claro, a Carta Capital, como boa oposicionista do jornal tucano, irá bater com duras críticas até José Serra cansar.
A verdade é que imparcialidade e isenção estão mais para fantasia do que para realidade, já que desde a escolha de um título, até a mais ínfima fala de um entrevistado é colocado de forma que priorize aquilo que o veículo, nas entrelinhas, quer realmente falar.


Por Daiany Santana

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Os três cursos mais concorridos na UEM

Odontologia sai do rol dos três cursos mais disputados e Engenharia Mecânica volta



Para alunos do ensino médio e concluintes passar em um dos três cursos mais concorridos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem se tornado um problema. Isso porque a demanda de alunos vem aumentando e as vagas não conseguem acompanhar este ritmo. O censo de 2008 registrou nos 199.761 estabelecimentos cadastrados que 86,7% dos matriculados estão em escolas públicas.
Foi divulgada pela UEM no dia 19 de maio (quarta-feira) a concorrência por vaga dos cursos de graduação do vestibular de inverno de 2010. A prova será realizada nos dias 18 a 20 de julho das 8h50 às 13 horas em Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Paranavaí, Umuarama e Maringá. De acordo com ela, 21.776 pessoas se inscreveram neste vestibular, dos quais 3.451 são cotistas.
Como de costume Medicina lidera o ranking dos três cursos mais concorridos com 267,1 candidatos por uma vaga, (152% a mais que o vestibular de inverno de 2008). Em segundo lugar vem Arquitetura e Urbanismo com 55,7 alunos por vaga, e por fim, Engenharia Mecânica com 50,9. O percentual de concorrência se refere somente aos alunos na condição de não-cotistas.
A aluna de Arquitetura e Urbanismo, Mariana Sommer, explica que teve que estudar muito para passar. “Foi difícil conseguir entrar no curso. Eu tive que fazer cursinho para alcançar o nível porque o colégio onde eu estudei até o terceiro ano não era bom. Quando eu passei o curso já era um dos mais concorridos”.
Hoje Mariana destaca as maiores dificuldades que encontra ao cursar Arquitetura e Urbanismo. Para ela, excesso de trabalhos, poucas horas para dormir, e a subjetividade das avaliações são alguns desses problemas. De acordo com a aluna muitas pessoas acabam desistindo do curso por desconhecerem a área. Ela mesma pontua “achei bem diferente e pensei em largar várias vezes. Até hoje penso, mas no meu caso é mais pela dificuldade e pelo cansaço, porque não me vejo fazendo outra coisa”.
Já para os vestibulandos de medicina como Edilacir Duarte Felix, 20 anos, os maiores problemas se encontram em realizar um sonho, passar em Medicina. “Minha família não é economicamente favorecida, por isso tive que me organizar bem. Trabalhei e guardei dinheiro para me manter em um cursinho. O que me ajudou na maior dificuldade que tenho para entrar no curso, a falta de conhecimento” pontua a estudante.
Por sua vez, Wilson Roberto Junior, conta como tomou a decisão de fazer Medicina. “Quando eu tinha uns dez anos, machuquei o joelho. Um moleque me chutou. Fiquei um mês sem andar. Meu pediatra não sabia o que eu tinha então ele me passou para um ortopedista. Ele descobriu que era uma inflamação no púbis (osso que forma o terço inferior e anterior do músculo chamado ilíaco) e me curou. Desde então eu soube o que queira ser”, afirma.
Ele ainda acrescenta “nunca pensei em desistir, tirando os dias de resultados dos vestibulares que tentei (em média vinte e cinco)”. Os dois vestibulandos concordam ao dizer que Medicina é a paixão deles. O estudante de 21 anos ressalta que ganhou muitas coisas com ela. "A Medicina é um sonho pra mim. O sonho de curar as pessoas, o sorriso de satisfação de cada paciente ao ser atendido, deve ser muito gratificante”, diz ele ao explicar sua relação com a área.
Uma alternativa
A Faculdade Maringá em parceria com a Faculdade Uningá elaborou no ano de 2008 o projeto: “Conhecer para aprender”. O objetivo é esclarecer as dúvidas quanto à escolha da profissão entre alunos do Ensino Fundamental e Médio. O projeto é coordenado pela professora Luciane Iori, pela sub-coordenadora e coordenadora de direcionamento vocacional, Magali Rocco e acompanhado pela psicóloga e professora, Maria Renata. Ele é realizado todas as quartas-feiras no período matutino na Faculdade Maringá e somente os alunos desta instituição podem participar. Outros detalhes podem ser encontrados no telefone (44)3027-1100 com Magali Rocco.
Por Daiany Santana

Combatendo o câncer

A Rede Feminina de Combate ao Câncer oferece serviços para um melhor atendimento a portadores da doença


Equipe da Rede Feminina

       A Rede Feminina de Combate ao Câncer é uma Organização não Governamental em Maringá que tem como objetivo “prover qualidade de vida enquanto houver vida”. Além de realizar campanhas de prevenção, o grupo acolhe jovens, adultos, crianças e idosos portadores de câncer que moram em Maringá, Sarandi e região. Para moradores de outros municípios ela disponilbiliza a hospedagem que possibilita a realização do tratamento fora de casa. Os seus familiares recebem refeições diárias, caso o usuário precise de acompanhante, os pacientes têm transporte gratuito, alimentação enteral, socialização, entretenimento e diversão, reuniões de grupo e terapia ocupacional como trabalhos manuais e horta cultivada pelos usuários. Os pacientes que moram em Maringá e Sarandi são cadastrados e tem direito ao acompanhamento do Serviço Social, Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem, Fármacia caso não tenha o remédio na Rede Pública e o portador não tenha condições de comprar, cateteres de titânio não fornecidos pelo SUS, vestuário, empréstimo de cama hospiltar, cadeira de banho e rodas, em caso muito específico ela dispõe de exames de diagnóstico como ultra-som, mamografia, radiografia, ressonância magnética, tomografia e laboratoriais.
     Em todas datas comemorativas a Rede doa presentes e todo mês ajuda as famílias dos pacientes nessecitadas com fraldas, cesta básica e leite. Janaína Mantovane, Gerente Administrativa da Rede diz que todo ano a Ong promove a campanha “MC Dia Feliz” quando o lanche do MC Donald fica mais barato e todo dinheiro arrecadado é encaminhado para a própria Rede. Outras fontes de recursos financeiros que ajuda manter o local são a venda de sacos de lixo, lojas de artesanato, bazar de roupas usadas e o famoso cofrinho do “porquinho” destribuído por toda cidade principalmente nas redes de Supermercado. Fabiana Garcia, 32 anos, do Lar é filha de uma paciente, diz que a mãe já operou e faz tratamento na Rede pois não tem condições financeiras e não recebe ajuda do governo. Já a Flávia Cordeiro, 35, do lar, é moradora de Cambé, portadora de câncer e paciente da Rede Feminina, ela só vai para sua casa final de semana pois de segunda a sexta-feira recebe medicamento e tratamento aqui em Maringá por ser mais acessível de acordo com sua necessidade, passa pela nutricionista, psicóloga e faz a radioterapia todos os dias. Flávia que tem um filho de 12 anos, diz sentir bastante saudade dele durante a semana, mas o que importa é a saúde e agradece muito a Rede pela hospedagem e a ajuda que recebe.
    Débora Irie, 35 anos, é a Assistente Social da Ong e relata que seu objetivo como profissional é estudar as necessidades dos portadores de câncer e encaminhá-los para um melhor tratamento em combate a doença, e o que o local possa oferecer a estes usuários, Débora diz que em Maringá o total de cadastrados resulta em 237 doentes e a Rede faz o melhor para atender e acolher a todos em situação de vulnerabilidade e risco social.


Por Suellen Rodrigues

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O que fazer para tornar o mundo um lugar melhor

Grupo Interact - Julho/2010 - Goiorê- Arquivo Pessoal
Solidariedade e voluntariado são as novas “manias” entre os jovens.
  
Trabalhar em prol do próximo não exige nenhuma característica ou habilidade especifica, requer apenas a vontade de ajudar e transforma a dura realidade enfrentada e vivida por muitos. O titulo dessa matéria interessa muito os jovens brasileiros. Mesmo conscientes de todas as dificuldades, obstáculos e desafios a serem enfrentados, o voluntariado atrai cada vez mais esse público. Os jovens ampliam as iniciativas por todo pais, assim como foi constatado pelo Portal Voluntário Online. O site é vinculado ao Instituto dos Voluntários em Ação (IVA) que recruta pessoas ao voluntariado servindo como elo entre estes e as organizações filantrópicas. A grande maioria dos cadastros, cerca de 62,45% é de pessoas entre os 16 e 30 anos, a maioria estudantes.
O Dia Global do Voluntariado Jovem, que acontece desde 2000, foi este ano nos dias 23, 24 e 25 de abril e reuniu milhões de jovens em mais de 120 países. O objeto é incentivar a cidadania e a solidariedade fazendo com que o jovem tenha um papel ativo na busca de melhorias e qualidade de vida para a comunidade.
Auria Pinheiro,18, conta que é voluntaria desde treze anos de idade, ela participa do grupo Interact, segmento do Rotary Club para jovens entre 13 à 18 anos, que tem como uma de suas metas promover o companheirismo prestando assistência a quem necessita. O grupo promove várias campanhas para a arrecadação de roupas e sapatos, além de eventos onde a renda é distribuída à população carente, “Eu me sinto bem quanto ajudo alguém, acho que o mundo precisa de atitudes como estas que fazemos” diz.
O Lar Escola da Criança de Maringá fundado em 1963, atualmente atende cerca de 300 crianças e adolescentes de 7 à 14 anos em regime sócio-educativo. A instituição presta orientação social, educacional, cultural, religiosa, recreativa e alimentar. Um dos parceiros do lar é o Centro Universitário de Maringá (Cesumar) e foi através desta parceria que a estudante de Psicologia Paula Dalmolin (22) conheceu o local, “A experiência de estagiar lá esta sendo tão gratificante que depois que acabar o estágio pretendo continuar trabalhando como voluntária”, afirma. Ela diz ainda que mudou muito sua maneira de pensar e acredita que a ajuda ao próximo é um dever de todos perante a sociedade.
O Trote Solidário, aplicado em algumas universidades, é uma maneira de promover o primeiro contato com o trabalho voluntário, este foi o caso de Renan Avanci (24) que ao ingressar no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá (UEM) participou da reforma de uma creche em um bairro carente de Maringá “A principio eu não estava muito contente com a idéia de ter que trabalhar, tinha muita coisa para se fazer. Foram três dias de trabalho mas depois que vimos as carinhas das crianças na creche toda pintada e reformada foi   gratificante. Eu percebi que todo aquele esforço tinha valido a pena”, diz. Renan ainda conta que por esse tipo de trote ser tradição no curso, mesmo já formado, faz questão participar todos os anos.

Trote Solidário Arquitetura (UEM) - Março de 2009-Maringá (Arquivo Pessoal)




Gostar ou idolatrar?

A separação tênue que leva os adolescentes a perderem o limite


Atualmente os adolescentes são influenciados a idolatrar ícones da cultura pop devido aos bombardeios da indústria cultural através dos meios de comunicação de massa. A alienação os conduz a consumir, sem reflexão, o que são oferecidos a eles e isso é um processo que ocorre em escala global.

A psicóloga cognitivo-comportamental, Darla Shayanne de Souza Freire Lopes, explica que ter ídolos é natural e faz parte da adolescência isso porque de acordo com ela, a construção da identidade deles é feita neste momento. “Eles necessitam ter figuras externas à família com as quais se identifiquem. Têm necessidade de pertencer a um grupo de ‘iguais’, de possuir uma identidade social”, diz.

Apesar do comportamento deles ser considerado normal e não prejudicial, a psicóloga aponta que os limites desta adoração são imprescindíveis para o desenvolvimento do relacionamento social, principalmente quando o fanatismo aparece em adolescentes com baixa autoestima e sem autoconfiança. “O radicalismo, intolerância e isolamento são alguns sintomas que podem ser indicadores de que essa idolatria está sendo prejudicial”, aponta a psicóloga.

João Eduardo, 17 anos, gosta da banda americana, Red Hot Chili Peppers. “Eu idolatro, gosto, mas não cometeria loucuras como vejo fãs fazendo” diz João. Ele acredita ser um idolatra, não o prejudica, pois gosta apenas da música. “A idolatria é ruim porque o indivíduo perde boa parte da sua vida só por isso” explica.

“Eu não tenho ídolo, o que tiver na mídia eu escuto” diz Isabele Pereira, 12 anos. “As meninas agora gostam do Justin Bieber, tem foto dele no orkut, ta lá: ‘Te amo’, eu não tenho. Não gosto” comenta Isabele, ela não se considera fanática. “Cada um tem sua opinião [pelos gostos musicais], a minha é essa” argumenta a adolescente.

Ao contrário de Isabele, Bianca Beraldo Santana (foto ao lado), 12, gosta do Justin Bieber. Ela se considera uma  idolatra, explica que procura estar por dentro das notícias sobre o ídolo pop, ouvi suas músicas e vê seus vídeos. Ela gosta dele porque “ele canta bem, (...) a letra da música é legal” afirma.

Darla Lopes diz que o comportamento de idolatrar deve ser observado pelos pais e acompanhado por uma psicóloga. Ela alerta que “o fanatismo pode servir como forma de manifestação de uma psicopatologia” nesse caso “o melhor jeito é conversar, saber o que leva a gostar tanto do ídolo” orienta Darla. “Os pais devem favorecer o desenvolvimento da autoestima e autoconfiança de seu filho”, assim, o diálogo e a demonstração de carinho são pontos relevantes que devem ser levados em consideração.


Na integra

Confira a entrevista feita com os adoslescentes que participaram desta matéria no canal do nosso blog no site do youtube (http://www.youtube.com/user/jornalmga?feature=fupldc).
Por Daiany Santana

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pré-Eleição gera poluição ao Meio Ambiente

Santinhos, banners, bandeiras são esses alguns dos elementos que prejudicam a saúde e o meio ambiente


A eleição no Brasil ocorrerá no dia 3 de outubro e vamos decidir quais são os melhores candidatos para os cargos de Deputado Estadual e Federal, Senador 1ª e 2ª vaga, Governador e Presidente da República. Em Maringá o que acontece em épocas pré-eleitorais é a poluição devido ao desrespeito das pessoas com a cidade em que moram. A população está acostumada a aceitar os panfletos oferecidos nas ruas e sem ao menos ler, jogá-los fora, porém quando não há um cesto de lixo por perto, a opção é jogar no chão.

A estudante de Letras da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Khiara Kheit Seguro de Paula, 18 , diz que o problema dos “santinhos” jogados nas ruas é mais grave do que simplesmente sujar porque o entulho pode resultar em entupimentos e pode provocar o acumulo de bactérias prejudiciais a saúde, ela cita “Além de tudo provoca o corte de mais árvores, pois eles nem se dão ao trabalho de utilizar papel reciclado”. Por dirigir a pouco tempo, Khiara explica “É uma poluição visual, pois aquelas faixas e papéis pra todos os lados tiram a atenção dos motoristas, principalmente dos iniciantes, é complicadíssimo dirigir com aquelas pessoas atravessando de repente a rua cheias daquelas propagandas, você acaba perdendo o reflexo”.

Segundo Khiara, a política é algo que envolve dinheiro, se eles não utilizassem desses recursos para pedir votos as pessoas não os conheceriam. E ressalta que “Hoje em dia o político não é avaliado por sua conciência ambiental, e sim por seus recursos, por isso do ponto de vista político eles estão corretos, mas do ponto de vista ambiental seria interessante que se transmitisse uma consciência das atitudes dos candidatos para a população, no entanto não acredito que em um país como o Brasil isso bastasse para melhorar o meio ambiente”.


Já o estudante de Administração da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Marcos Henrique Domeni Vizentim, 17, declara que “os políticos deveriam ter consciência da poluição gerada através dos “santinhos” e tomar providências, tais como contratar pessoas incubidas de recolher os panfletos eleitorais que são jogados muitas vezes nas ruas, outro ponto seria uma conscientização da população que joga os papéis no chão, o que não é algo fácil, porque o brasileiro tem esse costume de jogar lixo nas ruas. A população, segundo Marcos Domeni , sabe que não será punida por isso, devido a ineficácia da fiscalização.

“É uma falta de respeito com as pessoas que moram próximas aos locais de votação, porque geralmente esses “santinhos” ficam jogados por lá”, reclama Allan Vinícius Sakiyama,18, estudante de Administração da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e quanto aos banners, cartazes e bandeiras espalhadas, Allan declara que a cidade fica feia, e que existem outros meios de se promover a campanha, como a televisão, que todo mundo assiste, e não polui . Allan concorda que os candidatos deveriam ter consciência dessas atitudes, e afirma “Eu, pelo menos sou um eleitor que pensa nas causas das campanhas, principalmente nessa questão de poluição, pois uma grande campanha não quer dizer que o candidato vai ter um ótimo mandato”.


Segundo Rosineide de Oliveira, 35, que trabalha com serviços gerais, os panfletos são mais lixos para poluir a cidade, assim como Allan ela concorda que há outros meios dos candidatos divulgarem suas campanhas.

E a partir do dia 17 de agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizará a apresentação da propaganda eleitoral gratuita nas rádios e TVs. Basta aos cidadãos tomarem as decisões corretamente, e votarem em quem pensam que seja o melhor para o país.

 

Maira Marques

Escolas de Idiomas disponibilizam intercâmbio para estudantes

Opção por intercâmbio possibilita aperfeiçoamento em outros idiomas

Hoje em dia, algumas pessoas do Brasil, fizeram ou pretendem fazer intercâmbio. A viagem é feita através de empresas especializadas. As pessoas que fazem o intercâmbio, não fazem somente pela viagem, mas sim, para aperfeiçoar o idioma, aprender novas culturas e se relacionar com pessoas de comportamento diferentes.

Para a estudante Mariana Gimenez Silva, 17 anos, que já fez intercâmbio, a idéia de fazer a viagem surgiu pois, seu irmão mais velho já havia feito, e sua mãe tem uma agência de viagem que assessora intercambistas. Segundo Mariana “Eu primeiramente fiquei indecisa entre Canadá e Nova Zelândia, e meus pais me apoiaram muito, e deixaram que eu escolhesse o país, sem interferirem na minha decisão! Então, escolhi Canadá, e fiquei na cidade de Saskatoon, SK”. O intercâmbio de Mariana teve duração de seis meses, e ela afirma que “foi sem dúvida um dos melhores meses de toda minha vida. Conviver com uma nova cultura, “dominar” um novo idioma, aprender a lhe dar com as minhas dificuldades necessidades sozinha, foi um amadurecimento para toda uma vida”. Já o estudante Cláudio Nicodemo Júnior, 18 anos, que irá fazer o intercâmbio este ano, explica como surgiu a idéia de fazer a viagem, “ surgiu através de uma oportunidade a mim oferecida, e achei interessante em participar, no começo pensei duas vezes, mais decidi aceitar, meus pais me apoiaram com essa decisão. Vou para Sunchales – Argentina, não me especializei no idioma de lá, mas espero encontrar oportunidades com essa viagem, como conhecer pessoas diferentes, culturas, e comidas da região, além de conhecer o modelo cooperativista deles”.



O Professor de idiomas Anderson Carmona, 31 anos, explica “ muitas pessoas que estudam uma outra língua, muitas vezes não é para fazer intercâmbio, mas porque a área de trabalho está exigente. E algumas pessoas que fazem o intercâmbio é para aperfeiçoar o idioma que aprendeu, há casos de pessoas que viajam sem saber o idioma e assim elas tem mais dificuldades, do que uma pessoa que já sabe.” Para a professora de idiomas Laíse Marmentini de Souza, 18 anos, que também já fez intercâmbio, comenta “Um estudante que não tem o domínio do idioma do lugar onde pretende ir, consegue sim se adaptar e comunicar com as pessoas, mas isso não será de imediato, tudo requer tempo, ele irá ouvir muito antes de conseguir falar, na minha opinião o aluno aprende primeiramente ouvindo, e depois ele irá falar. A maioria dos alunos que tenho pretendem fazer intercâmbio no final do curso, eles focam principalmente em aperfeiçoar o idioma que já aprenderam e conhecer um pouco mais da cultura de outro lugar”. A professa Laíse fala como foi a sua viagem, “Então, eu não fiz intercâmbio, eu me mudei para os EUA com os meus pais, para mim foi difícil, eu era criança, e não conhecia ninguém, e também não falava nada de inglês, Lembro que demorei uns seis meses para falar inglês, porque eu tinha medo de falar errado e as pessoas não me entenderem, então eu escutava, escutava e escutava, e só depois eu fui falar”. Ela também fala de como ela se tornou professora “Eu me tornei professora por acaso, quando eu voltei do exterior, eu continuei a estudar inglês e fazer testes de proficiências, e um dia a dona da escola onde eu fiz esses preparatórios me perguntou se eu gostaria de ser professora, eu já era monitora da escola antes, mas não era a mesma coisa, ser professora seria uma coisa mais séria. Eu lembro que comecei o semestre com uma turma e terminei com 3, eu evolui, melhorei, e agora eu me considero uma boa professora, com o tempo a gente aprende”.



Algumas empresas como a Study Work – SW e Colegial/High School – CI mostram qual é o método utilizado para que as pessoas possam fazer o intercâmbio. Essas são empresas especializadas e, intercâmbio cultural, que oferece a jovens e adultos brasileiros a oportunidade de estudar e até trabalhar no exterior em diversos países. O intercâmbio oferecido por essas empresas atendem diversas faixas etárias e com custo acessível a todos.



Maira Marques

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O estudo dos alunos


Estudantes se empenham mais para chegar ao seu objetivo



Curso Anglo Drummond - Foto Daiany Santana

            Hoje em dia, os estudantes universitários e alunos do curso pré-vestibular, de Maringá, ficam mais anos na escola comparados com antigamente. Esta situação é clara quando observamos dados ou mesmo temos contato com estes alunos. Mas a pergunta é como eles estudam, afinal às exigências profissionais são muito maiores do que antes.
            Segundo a constatação da terceira análise de uma série de cinco estudos feitos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea) sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a qual aborda três temas: educação, gênero e migração; o brasileiro aumentou em 2,2 anos o tempo médio de estudos entre a população com mais de 15 anos. O tempo médio de estudo saltou de 5,2 anos, em 1992, para 7,4, em 2008.
            Os alunos do curso pré-vestibular, em geral, procuram estudar através de exercícios e provas anteriores. Fabiana Katsue Kikuche, vestibulanda de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Estadual de Maringá (UEM), que irá prestar vestibular este ano, afirma que: “Matéria dada é matéria estudada”, por isso sempre revisa o conteúdo. Para a aluna de 17 anos que irá tentar moda na UEM, no campus de Cianorte, é preciso escolher um bom lugar para estudar, Priscila Gabrieli Calzavara, ressalta que, o silêncio é imprescindível para obter êxito na aprendizagem. Já Paulo Fernandes Justino, estudante de 24 anos, formado em análises clínicas, explica que utiliza um método de planejamentos para estudo, o aluno que irá tentar Medicina em várias Universidades do Brasil, inclusive na UEM, diz que estuda duas matérias por dia, todos os dias, incluindo fins de semanas.
            Por outro lado os universitários estudam de uma maneira diferente. O conteúdo de aprendizagem é mais específico e devido a isto a estrutura é focada na área do curso. A aluna do 1º ano de Ciências Biológicas da UEM, Thaisy Beraldo Santana, diz que para estudo coletivo do curso conta com três laboratórios para realização de ensino prático, sendo estes: o de química, anatomia e biologia celular. O seminarista e estudante de filosofia do 3º ano da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), campus Maringá, Donizeti Aparecido Pugin de Souza, explica que o método de avaliação tem como base seminários e grupos de estudos que procuram valorizar os pontos principais do curso, no caso, a linguagem filosófica e o domínio sobre os conteúdos e as práticas didáticas.
            O estudante de Informática da UEM, Tiago Cariolano de Souza Xavier, assim como a aluna da Faculdade Maringá de Jornalismo, Angelita Loures Machado, apostam na leitura como método de estudo e enriquecimento de conhecimentos.
            Vale lembrar, que grande parte dos estudantes de ensino superior trabalha e por isso não disponibilizam de tantas horas para se dedicarem aos estudos. Eduardo Cristovan que é empresário costuma estudar em média 12 horas por dia. O estudante de 23 anos, explica: “por ser meu próprio patrão, tenho mais tempo”.

Por Daiany Santana

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os estudantes e suas escolhas


Cada estudante encontra seu próprio meio de diversão

Foto do arquivo pessoal

        Os estudantes de Maringá e região passam o tempo livre saindo para se divertirem com amigos ou familiares para os mais diferentes lugares. Mas os profissionais de educação consideram o lazer ser capaz de exercer uma grande influência, e muitas vezes uma mudança de comportamento humano,  acabando assim por interferir na aprendizagem dos alunos.


         Márcio Aparecido Alves de Souza (18), que cursa o 2º ano de Administração da PUC-PR (Pontifícia Universidade católica) de Maringá, diz: “Não costumo sair depois que as aulas acabam, mas costumo sair em finais de semana, gosto de ir em shoppings, bares, parques e praças. Mas show também é essencial”. Tendo a mesma opinião de Márcio, o aluno do 1º ano de Gastronomia do Cesumar (Centro Universitário de Maringá), Marcos Brunelli Francisco (17), fala “costumo ir à casa dos meus amigos, e show quando tem em Maringá, depois que acaba o horário das aulas, costumo ir embora para casa, e não prático nenhum esporte”.


Foto do arquivo pessoal
          O estudante do 1º ano de Administração da UEM (Universidade Estadual de Maringá), michael Douglas Camilo (17), realata “Costumo sair depois das aulas, mas não é algo frequente, pois é bom sair da rotina dos estudos para de divertir. Também costumo sair em finais de semana, mas não em todos. Há aqueles em que acabo ficando em casa para descansar ou assistir um bom filme!. Costumo ir no Kanarinhu’s, Lanchonete Ki Fome, cinema, e sempre acontece alguns churrascos nos finais de semana”. Assim como ele, o estudante do 2º ano de Agronomia que também estuda na UEM, Felipe Eikito Tsuzuki (18), diz  que gosto de sair depois das aulas, para casa de amigos ou bares e em finais de semana costuma sair para balada ou para algum bar, isso quando e não vai passar o final de semana na  casa dos pais, que moram na cidade vizinha de Engenheiro Beltrão. 

Para Douglas da Silva dos Santo (17), que está no 1º ano do Curso de Ciências Contábeis da UEM, diz que “Depois do horário de aula costumo ir na academia, e em finais de semana costumo ir mais em barzinhos além de gostar muito de  jogar futebol”. Luis Guilherme Marmentini (17), que cursa o 1º ano de Educação Física do Cesumar concorda com a opinião de Douglas sobre os esportes, e ressalta “Não saio após o horário de aula, pois moro fora, em Flórida, então tenho que pegar ônibus para voltar para casa. Adoro sair em finais de semana, saio para outras cidades, bailes, lanchonetes e etc. Pelo meu curso não preciso falar nada sobre os esportes né?”
        Já a estudante de curso pré-vestibular do Colégio Anglo Drummond, Danielle Lírio Pereira de Almeida (19), explica que não sai depois do horário de aula, e também não cosuma sair em finais de semana e não prática mais esportes. Dedica a maioria do seu tempo aos estudos, pois pretende passar em Direito na UEM. Ao contrário dela o estudante de curso pré-vestibular no Colégio Sapiens, Lucas Lopes Casavechia (19), fala “O método de ensino aplicado pelo colégio é bom para quem está indo as aulas, mas costumo me distrair muito fácil, e meu lazer é antes, durante e depois do cursinho. Costumo ir em barzinhos em meio de semana com alguns amigos, e em finais de semana prefiro as baladas centrais. Pretendo prestar vestibular na UEM para o curso de Direito, mas confesso não estar me dedicando tanto aos estudos, Minha mãe não sabia que não estava frequentando as aulas, e há algum tempo ela descobriu e brigou comigo então prometi estudar mais.”

      Segundo a psicóloga Laíssa Muniz da Silza (23), explica que “É necessário que os estudantes tenham esse tempo para relaxar e se satisfazer, pois é uma necessidade deles, já que há uma pressão da faculdade. Mas tem que haver um equilíbrio entre o lazer, os estudos e a vida pessoal, pois não é somente relaxar, tem que ter responsabilidade, não ficando somente na curtição”.
  
Foto do arquivo pessoal
 Por: Maira Marques