De estudante para estudante

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Os três cursos mais concorridos na UEM

Odontologia sai do rol dos três cursos mais disputados e Engenharia Mecânica volta



Para alunos do ensino médio e concluintes passar em um dos três cursos mais concorridos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem se tornado um problema. Isso porque a demanda de alunos vem aumentando e as vagas não conseguem acompanhar este ritmo. O censo de 2008 registrou nos 199.761 estabelecimentos cadastrados que 86,7% dos matriculados estão em escolas públicas.
Foi divulgada pela UEM no dia 19 de maio (quarta-feira) a concorrência por vaga dos cursos de graduação do vestibular de inverno de 2010. A prova será realizada nos dias 18 a 20 de julho das 8h50 às 13 horas em Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Paranavaí, Umuarama e Maringá. De acordo com ela, 21.776 pessoas se inscreveram neste vestibular, dos quais 3.451 são cotistas.
Como de costume Medicina lidera o ranking dos três cursos mais concorridos com 267,1 candidatos por uma vaga, (152% a mais que o vestibular de inverno de 2008). Em segundo lugar vem Arquitetura e Urbanismo com 55,7 alunos por vaga, e por fim, Engenharia Mecânica com 50,9. O percentual de concorrência se refere somente aos alunos na condição de não-cotistas.
A aluna de Arquitetura e Urbanismo, Mariana Sommer, explica que teve que estudar muito para passar. “Foi difícil conseguir entrar no curso. Eu tive que fazer cursinho para alcançar o nível porque o colégio onde eu estudei até o terceiro ano não era bom. Quando eu passei o curso já era um dos mais concorridos”.
Hoje Mariana destaca as maiores dificuldades que encontra ao cursar Arquitetura e Urbanismo. Para ela, excesso de trabalhos, poucas horas para dormir, e a subjetividade das avaliações são alguns desses problemas. De acordo com a aluna muitas pessoas acabam desistindo do curso por desconhecerem a área. Ela mesma pontua “achei bem diferente e pensei em largar várias vezes. Até hoje penso, mas no meu caso é mais pela dificuldade e pelo cansaço, porque não me vejo fazendo outra coisa”.
Já para os vestibulandos de medicina como Edilacir Duarte Felix, 20 anos, os maiores problemas se encontram em realizar um sonho, passar em Medicina. “Minha família não é economicamente favorecida, por isso tive que me organizar bem. Trabalhei e guardei dinheiro para me manter em um cursinho. O que me ajudou na maior dificuldade que tenho para entrar no curso, a falta de conhecimento” pontua a estudante.
Por sua vez, Wilson Roberto Junior, conta como tomou a decisão de fazer Medicina. “Quando eu tinha uns dez anos, machuquei o joelho. Um moleque me chutou. Fiquei um mês sem andar. Meu pediatra não sabia o que eu tinha então ele me passou para um ortopedista. Ele descobriu que era uma inflamação no púbis (osso que forma o terço inferior e anterior do músculo chamado ilíaco) e me curou. Desde então eu soube o que queira ser”, afirma.
Ele ainda acrescenta “nunca pensei em desistir, tirando os dias de resultados dos vestibulares que tentei (em média vinte e cinco)”. Os dois vestibulandos concordam ao dizer que Medicina é a paixão deles. O estudante de 21 anos ressalta que ganhou muitas coisas com ela. "A Medicina é um sonho pra mim. O sonho de curar as pessoas, o sorriso de satisfação de cada paciente ao ser atendido, deve ser muito gratificante”, diz ele ao explicar sua relação com a área.
Uma alternativa
A Faculdade Maringá em parceria com a Faculdade Uningá elaborou no ano de 2008 o projeto: “Conhecer para aprender”. O objetivo é esclarecer as dúvidas quanto à escolha da profissão entre alunos do Ensino Fundamental e Médio. O projeto é coordenado pela professora Luciane Iori, pela sub-coordenadora e coordenadora de direcionamento vocacional, Magali Rocco e acompanhado pela psicóloga e professora, Maria Renata. Ele é realizado todas as quartas-feiras no período matutino na Faculdade Maringá e somente os alunos desta instituição podem participar. Outros detalhes podem ser encontrados no telefone (44)3027-1100 com Magali Rocco.
Por Daiany Santana

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